1 De novo, entrou Jesus a falar por parábolas, dizendo-lhes:
2 O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho.
3 Então, enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; mas estes
não quiseram vir.
4 Enviou ainda outros servos, com esta ordem: Dizei aos convidados: Eis que já preparei o meu banquete; os meus bois e cevados já foram abatidos, e tudo está pronto; vinde para as bodas.
5 Eles, porém, não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio;
6 e os outros, agarrando os servos, os maltrataram e mataram.
7 O rei ficou irado e, enviando as suas tropas, exterminou aqueles assassinos e lhes incendiou a cidade.
8 Então, disse aos seus servos: Está pronta a festa, mas os convidados não eram dignos.
9 Ide, pois, para as encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas a quantos encontrardes.
10 E, saindo aqueles servos pelas estradas, reuniram todos os que encontraram, maus e bons; e a sala do banquete ficou repleta de convidados.
11 Entrando, porém, o rei para ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia veste nupcial
12 e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu.
13 Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.
14 Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.
- Existem 39 parábolas contadas por Jesus registradas nos Evangelhos.
- As parábolas dos Dois Filhos, dos Lavradores Maus e das Bodas fazem parte da grande confrontação que existiu entre o Senhor Jesus e as lideranças religiosas dos seus dias.
- A parábola das bodas costuma ser confundida com a parábola do grande banquete contada exclusivamente por Lucas – ver Lucas 14:15—24.
- O propósito da parábola é insistir no fato de que aqueles que desprezam a Deus, mesmo sendo altos dignitários religiosos, sofrerão as consequências dos seus atos. CONTINUEM A LER
I. A Parábola.
A. As Bodas
1. O planejamento
Note a ênfase colocada na pessoa do rei. Ele é quem:
1. Decide celebrar as bodas do seu filho.
2. Envia os convites através de seus servos. Era costume entregar os convites pessoalmente.
3. Reafirma o convite através de outros servos. Era costume relembrar os convidados no dia da festa.
4. Supervisiona todos os preparativos.
5. Faz o convite final: vinde às bodas
2. Os convidados
Os convidados não deram a mínima.
1.Em primeiro lugar não quiseram ir.
2. Depois, no dia das bodas, em vez de atender ao convite preferiram ir cuidar dos seus próprios negócios com alguns tendo ainda a ousadia de espancar a até matar alguns dos servos.
3. A reação do rei
A reação do rei tem dois aspectos:
1. O rei manda então matar aqueles criminosos e incendiar a cidade deles.
2. Manda então que seus servos ajuntem todas as pessoas que eles encontrarem e as tragam para as bodas. Os servos obedecem e agora são bem sucedidos. Todo tipo de pessoa se ajunta, então, para celebrar as bodas. A sala ficou lotada.
4. Um estranho no ninho
- O rei confronta um indivíduo que não estava vestido de forma adequada.
- Não obtendo uma resposta apropriada, de fato, não obteve resposta nenhuma, o rei ordena então que o estranho seja lançado fora da festa.
II. A Explicação da Parábola
1. Essa parábola é consistente com as duas parábolas anteriores:
A Parábola dos Dois Filhos e a Parábola dos Lavradores Maus — e trata da maneira como a liderança religiosa, e pelo exemplo, todo o povo de Israel por extensão, recebiam os convites vindos da parte de Deus através de inúmeros dos seus servos. É Deus quem nos salva! Não podemos salvar-nos a nós mesmos.
2. Deus sempre desejou celebrar a vida com o Seu povo e por este motivo é que ele nos convida.
Quando Deus deu a Lei Sacrificial ao povo que ele havia libertado, a grande maioria dos mandamentos tinha a ver com comparecer na presença de Deus, oferecer os sacrifícios e comer uma boa parte do que era oferecido na presença de Deus, celebrando a comunhão com Deus.
Deus convida sempre:
Isaías 2:5 — Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do SENHOR.
Isaías 55:1 — Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
Jeremias 50:5 — Vinde, e unamo-nos ao SENHOR, em aliança eterna que jamais será esquecida.
Ezequiel 33:30 — Vinde, peço-vos, e ouvi qual é a palavra que procede do SENHOR.
Oséias 6:1 — Vinde, e tornemos para o SENHOR, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará.
Miquéias 4:2 — Vinde, e subamos ao monte do SENHOR e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas.
Mateus 11:28 — Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
Da mesma maneira o rei convida, convida e convida! O período de confraternização possibilitava a oportunidade de anfitrião e convidados de se conhecerem melhor.
Meu pai costumava dizer que: o tempo que a gente gasta ao redor da mesa a gente não envelhece!
3. A recusa dos convidados ilustra bem a história religiosa da nação de Israel.
2 Reis 17:14 — Porém não deram ouvidos; antes, se tornaramobstinados, de dura cerviz como seus pais, que não creram no SENHOR, seu Deus.
Atos 7:51 — Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis.
4. A recusa dos convidados existia apesar deles saberem que: “o SENHOR, teu Deus, é fogo que consome, é Deus zeloso — Deuteronômio 4:24.
5. Os convidados que recebem o convite e decidem aceita-lo recebem então um conjunto de roupas nupciais.
O rei quer que seus convidados aceitem tudo o que ele tem para oferecer. Deus tem muito para nos oferecer. Somos como o filho pródigo que retorna. Deus manda tirar nossos andrajos e manda nos vestir com roupas novas
6. Entre os convidados encontra-se um homem sem as vestes nupciais.
Confrontado pelo anfitrião acerca de como poderia estar ali sem as vestes apropriadas o homem nada tem para responder.
7. O rei ordena então que o bicão seja lançado fora, nas trevas.
Conclusão:
1. Deus nos convida e deseja que atendamos ao Seu convite com arrependimento, que recebamos o perdão gracioso que Ele tem para nos oferecer e que façamos resplandecer a Sua justiça. Esse é o significado das roupas nupciais. Somos todos salvos exclusivamente pela graça de Deus.
2. A tentativa humana de ajudar no processo de salvação é semelhante à tentativa do homem que estava presente nas bodas sem estar adequadamente vestido. Foi posto para fora! Precisamos entender que, de acordo com Isaías: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam” — Isaías 64:6. E mais temos que prestar muita atenção às palavras de Jesus quando disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao pai senão por mim” – João 14:6.
3. Aqueles que se aproximam de Deus respeitando as regras estabelecidas por Deus, podem dizer como o profeta Isaías: “Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação e me envolveu com o manto de justiça – Isaías 61:10
4. O Apóstolo João nos diz já próximo do final do livro do Apocalipse que: “Então, ouvi uma como voz de numerosa multidão, como de muitas águas e como de fortes trovões, dizendo: Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso. Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro” — Apocalipse 19:6—8
5. Que possamos aceitar o convite de Deus e como Seus servos possamos estender este glorioso convite às pessoas que estão ao nosso redor e que sem encontram perdidas.
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